Eu normalmente não publico, mas o Manga News volta e meia posta as vendagens das revistas japonesas. Este levantamento equivale às tiragens de julho-setembro de 2012. Um dos motivos pelos quais eu omito é que normalmente as revistas da Akita Shoten (Princess, Princess Gold, For Ms., Elegance Eve, etc.), nunca aparecem nessas listas, só para citar uma editora de peso. Queria ter esses dados, também, acho uma lacuna e tanto. De qualquer forma, ano após ano, desde que eu passei a tentar observar isso, vem acontecendo um encolhimento das tiragens das antologias, com algumas exceções. No entanto, como já comentei aqui, há, também, a migração para o meio digital, inclusive com antologias nesse formato. Pensem nos celulares e tablets. É muito mais cômodo ler em um aparelho como esses do que carregar uma antologia de sei lá quantas páginas... E mesmo antologias tradicionais, como a Hana to Yume, criaram suas versões digitais. Para mim, trata-se de um teste para uma migração futura. quem sabe?
Enfim, das revistas femininas listadas (*não estou focando nas tiragens de shounen/seinen*), somente a Ciao, a Asuka, ARIA e a Feel Young tiveram aumento de tiragem. Mantiveram as tiragens, a Betsufure, The Margaret (*não confundir com a revista-mãe, a Margaret*), a Betsuma, The Dessert, Dessert, Petit Comic e Flowers. Não houve nenhum encolhimento monstro, mas há uma retração constante. Em 2006, houve susto quando a Ribon chegou a uma tiragem de 400 mil exemplares, hoje, está patinando nos 200 mil. Veja só o gráfico:
A Ciao, a mais bem sucedida das revistas shoujo, tinha tiragem de um milhão, hoje está nos 600 mil. Se vocês olharem 2006/2012 verão que a Shounen Jump é a revista que se sai bem, mas suas vendagens flutuam em 2 milhões e 800 mil faz quase uma década. Já foi muito mais que isso. O fato é que o formato papel, especialmente no caso das antologias, vem perdendo espaço, mas há que se pesar, também, o nível das séries oferecidas e sua capacidade de atingir o seu público alvo. De qualquer forma, pensem que trata-se de uma retração, talvez acelerada pela recessão econômica, mas que deve ter impacto em toda a cadeia produtiva. Antologias digitais dispensam gráficas e pontos de venda, por exemplo. Assunto complexo e, talvez, um desafio para as editoras nos próximos anos.
A Ciao, a mais bem sucedida das revistas shoujo, tinha tiragem de um milhão, hoje está nos 600 mil. Se vocês olharem 2006/2012 verão que a Shounen Jump é a revista que se sai bem, mas suas vendagens flutuam em 2 milhões e 800 mil faz quase uma década. Já foi muito mais que isso. O fato é que o formato papel, especialmente no caso das antologias, vem perdendo espaço, mas há que se pesar, também, o nível das séries oferecidas e sua capacidade de atingir o seu público alvo. De qualquer forma, pensem que trata-se de uma retração, talvez acelerada pela recessão econômica, mas que deve ter impacto em toda a cadeia produtiva. Antologias digitais dispensam gráficas e pontos de venda, por exemplo. Assunto complexo e, talvez, um desafio para as editoras nos próximos anos.