O Shoujo Café não é sobre shounen, mas não pude ignorar essa notícia. A Shounen Jump, a mais importante das antologias de mangá do Japão, completará 50 anos em 2018. Eu realmente não sabia que ela só tinha 50 anos, imaginava que a Jump tivesse sido fundada nos anos 1950 e seria contemporânea da Ribon e da Nakayoshi. A Jump foi fundada em 1968 e era quinzenal, passando depois ao formato atual, que é semanal.
Enfim, segundo o site Animeland, teremos várias exposições comemorativas este ano e no ano que vem. Imagino que muita coisa mais. Em julho abrirá a primeira exposição chamada de Vol. 1 e abordará a fundação da revista até os anos 1980. Em 2018, seguirão as exposições Vol. 2 e 3. O site francês não tinha mais detalhes. Logo, outro site deve publicar alguma coisa.
Falando em Jump, o site Goboiano publicou um artigo intitulado "Anime is Changing to Focus on Female Fans to Survive" (Os animes estão mudando para focar na audiência feminina e se salvar) que deu a informação de que em 2012, anos do 45º aniversário da revista, os editores fizeram uma pesquisa e descobriram que 50% dos assinantes da publicação eram mulheres. Também do mesmo ano era a pesquisa sobre quem são os leitores das séries mais importantes da Jump e as leitores mulheres representavam dentro do público leitor:
- Haikyuu!! – 66.8%
- Gintama – 63.8%
- Katekyo Hitman Reborn – 62.4%
- Kuroko’s Basketball – 56.9%
- One Piece – 51.8%
- Bleach – 50.7%
Enfim, falar da Jump é falar de algo do interesse das mulheres e é necessário estar atenta às mudanças da publicação ao longo dos anos para atender as expectativas dessas consumidoras. O que significa isso? Mais bishounen, mais queerbating e, essencialmente, o mesmo tipo de história, porque, bem, se elas não gostassem, estariam lendo outras coisas. Importante, também, é lembrar que animes da Jump foram fundamentais para a expansão do mercado de mangá no Brasil. Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball e Naruto, esta tríade, especialmente, ajudaram a consolidar os mangás no Brasil, formar leitores, impulsionar eventos e tudo mais. Seria interessante que os eventos sobre anime e mangá no Brasil celebrassem os 50 anos da Jumpa, também.