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Alguns comentários sobre Manga-ka to Yakuza

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Postando o ranking da Orikon me deparei com um mangá chamado Manga-ka to Yakuza (漫画家とヤクザ), literalmente, "A Mangá-ka e o Yakuza".  Para quem não sabe, Yakuza é mafioso.  Olhando no Mangaupdates vi que era um mangá josei erótico.  Sem scanlations, mas consegui o raw do primeiro volume.  Enfim, me pareceu interessante, apesar de ser, em linhas gerais, o mesmo tipo de material que Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni... (僧侶と交わる色欲の夜に…), que virou anime este ano, mas parece ter um pouco mais de recheio, coisa que me deixa curiosa, mas não consegui ler nada, enfim...  Trata-se de material pornográfico, fantasia erótica feminina heterossexual.  Sim, feminina, não feminista.  Coisa do tipo que você acha nos livros Harlequin, Avon, mais apimentados, mas não no nível de um Eloras Cave, por exemplo.


O ponto de partida da história é o encontro entre Rui, uma mangá-ka, e um yakuza de nome Azuma.  O bandido - que é moreno, másculo, enfim, bem bonitão - bate na porta dela para cobra uma dívida de 6 milhões de ienes (*mais ou menos uns 190 mil reais*).  Ela não fez o empréstimo, mas alguém usou seu nome (*acho que é o antigo crush do colegial, um cara que me pareceu bem vagabundozinho*) e ela está devendo para a máfia.  A reação dela é de indignação, mas o mafioso entra e diz que se ela vai ter que pagar de qualquer jeito.  Se não for com dinheiro, será com sexo.  


Pronto, daí passamos para o que representa boa parte da história, cenas de sexo muito melhor desenhadas que as de Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni... , com uma protagonista com um corpo muito esguio e nada voluptuoso e um sujeito muito bonitão (*ela só percebe realmente que ele é um yakuza, quando vê a espetacular tatuagem que ele tem*).  No fim das contas, a primeira transa dos dois começa com um tom de estupro, mas, como é uma fantasia erótica, vejam bem, ela vê que está sozinha e tem a chance de tirar umas casquinhas de um cara gostoso, que (*surpresa!*) além de super sexy ainda é gentil e atencioso.  Ou seja, enquanto ela não se apaixona, e isso já está visível no primeiro volume, vejam que o dispositivo amoroso não poderia faltar, pagar a dívida que ela não fez nem é tão problema assim.


Azuma tem outras amantes.  No primeiro volume, ele aparece fazendo sexo com outras duas mulheres, todas muito diferentes de Rui.  Mulheres com muitas curvas, ar sedutor, tudo que a mangá-ka não parece ser.  Há, também, o "secretário" (*acho que é isso que ele é*) de Azuma, um cara que o segue para todo lugar, que já invadiu a casa de Rui quando ela estava transando com o yakuza e que a olha com cara de desprezo.  Qual o problema do cara (*que também é bonitão*)?  Ciúmes?  Ele acha que o chefe está se metendo em encrenca, enfim, precisaria ler o mangá.


Queria muito, muito mesmo, ler o texto (*salvo os gemidos, porque isso nem precisa ler*), porque queria muito saber que tipo de mangá Rui faz.  Ela tem um editor, um sujeito gordinho e de óculos. Quando conversa com ele, volta e meia, ela imagina estar fazendo sexo com Azuma.  Também, queria saber qual o rolo com o ex-colega de colégio. Suspeito que foi ele quem encrencou Rui, algumas vezes, quando está com Azuma, ela pensa no cara e nunca parece ser uma boa lembrança.  Fora que ele aparece, tenta se aproximar dela de uma forma acintosa e, bem, Azuma chega e ele toma umas pancadas.  Há uma outra cena na qual mafiosos feiosos vem atrás de Rui.  Azuma a salva bem em tempo.


A história só funciona, porque Azuma é bonitão e, não, feioso ou asqueroso. Ele é viril e fofo (*a protagonista muitas vezes lembra do seu antigo cachorrinho quando acaricia os cabelos dele*), fosse o mafioso padrão de mangá shounen, ou seinen, provavelmente, a coisa jamais se sustentaria.  Agora, é um tom muito diferente dos mangás smut adolescentes que pulularam nos anos 1990 e 2000, com suas protagonistas reféns, ainda que, bem, o ponto de partida dessa história não seja lá muito abonador.  De qualquer forma, é por tudo isso, repito, que se trata de uma  fantasia erótica para mulheres.  


A autora, Coda, tem conta no Twitter, site, Tumblr, e conta no pixivi, onde é possível ver alguns dos seus rascunhos, inclusive com detalhes que a censura não permite que apareçam na edição final.  Parece que é sua primeira série, ou, pelo menos, não há nada registrado no Mangaupdates.  O mangá sai na revista josei erótica Love Coffre, que foi criada em 2015.  A série está no volume #2, que entrou no top 20 da Oricon.  Além disso, terá drama CD.  Se Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni... tiver feito sucesso, talvez vire anime.  Com menos sexo, poderia ser um dorama interessante.  E, bem, é material #NSFW.  Comentei sem postar nada explícito, porque, bem, o Shoujo Café é para "toda a família" e qualquer família.

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